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Quando Concorrentes Podem Usar Sua Marca em Propaganda

Escrito por Adrian Torres ·

Quando Concorrentes Podem Usar Sua Marca em Propaganda

Imagine isto: Você está rolando seu feed de mídia social quando vê um anúncio de um concorrente com o nome da sua marca em destaque. Eles estão comparando o produto deles ao seu, usando sua marca sem permissão. Você pega o telefone para ligar para seu advogado, pronto para enviar uma carta de cessar e desistir. Mas isso é realmente ilegal?

A resposta surpreendente pode ser não. Em certas circunstâncias, concorrentes podem usar legalmente sua marca em suas propagandas. De fato, a lei dos EUA, em particular, incentiva isso como benéfico para consumidores e competição, e o mesmo pode se aplicar em outras regiões. Mas há uma linha tênue entre publicidade comparativa legal e infração de marca que todo proprietário de empresa precisa entender para garantir que estão atualizados sobre medidas de proteção de marca.

A Base Legal de Por Que Concorrentes Podem Usar Sua Marca

A Federal Trade Commission realmente incentiva empresas a nomearem concorrentes diretamente ao invés de se referirem a “Marca X.” A razão é simples: consumidores tomam decisões de compra melhores quando têm acesso a informações comparativas verdadeiras. Um concorrente pode fazer um anúncio afirmando, “Nosso produto é 20% mais barato que o da [sua marca],” e isso é perfeitamente legal, desde que o que eles estão dizendo seja realmente verdade.

Essa permissão se enquadra em uma doutrina legal chamada “uso justo nominativo.” O conceito afirma que às vezes a única maneira razoável de identificar um produto é usando sua marca. Uma oficina de reparos não pode realmente anunciar que conserta iPhones sem usar a palavra “iPhone.” Colocar “Consertamos aquele popular smartphone da Apple” seria absurdo.

Outra opção é a paródia, como quando um produto é nomeado ou anunciado para lembrar outro produto que pode ou não estar na mesma indústria. Para que uma paródia seja bem-sucedida (ou seja, defensável em tribunal), o produto ou serviço que faz a paródia deve construí-la de forma que não haja chance de ser confundida com a marca original. Isso significa fazer mudanças suficientes para distanciá-la da inspiração. Ao mesmo tempo, a paródia deve ser destinada a fins cômicos, satíricos ou simplesmente de referência, em vez de obter ganho comercial.

O Teste de Três Pontos: Quando o Uso se Torna Uso Justo

Os tribunais podem avaliar se o uso da sua marca por um concorrente qualifica-se como uso justo aplicando um teste de três partes. Todas as três condições devem ser atendidas para que o uso seja considerado legal.

Primeiro, o produto não deve ser facilmente identificável sem usar a marca. Se seu concorrente puder descrever facilmente o que está comparando sem mencionar o nome da sua marca, ele deve fazê-lo. Mas se não houver alternativa prática, como se referir a um produto ou serviço específico que os consumidores só conhecem pelo nome da sua marca, usar a marca pode ser necessário e legal.

Segundo, apenas o necessário da marca deve ser usado. Isso significa que usar uma marca verbal é aceitável, mas reproduzir todo o logotipo, fontes distintas, esquemas de cores e outros elementos de design é exagero. Por exemplo, um concorrente pode dizer “Compatível com Apple AirPods” mas não pode exibir o logotipo da Apple. A marca deve estar em texto simples que combine com o resto do anúncio.

Finalmente, nada no uso pode sugerir patrocínio, endosso ou afiliação. O anúncio do concorrente deve deixar claro que não estão afiliados à sua empresa e que você não está endossando o produto deles. Qualquer implicação de parceria, aprovação ou relação oficial ultrapassa a linha para infração.

Onde Concorrentes Usam Legalmente Sua Marca

A publicidade comparativa é talvez o exemplo mais visível de uso justo nominativo. A Pepsi pode comparar seu sabor ao da Coca-Cola. Uma empresa de software menos conhecida pode comparar suas velocidades com os produtos da Microsoft. Desde que as comparações sejam verdadeiras, fundamentadas por evidências e não enganem os consumidores, esses usos são protegidos.

Veja a famosa campanha “Desafio Pepsi”. A Pepsi conduziu testes cegos reais em shoppings, serviu ambos os refrigerantes em copos sem marca e publicou resultados mostrando a preferência dos consumidores. Como os testes eram legítimos, as comparações eram verdadeiras e a Pepsi identificou claramente ambos os produtos, a campanha era legalmente defensável.

Compatibilidade e serviços de reparo são outro cenário comum. Se você fabrica capas de telefone, pode anunciar “Compatível com iPhone 15” sem a permissão da Apple. Se você gerencia uma oficina de reparo independente, pode afirmar “Consertamos veículos BMW” sem ser um revendedor autorizado. A chave aqui é a precisão na descrição dos seus próprios serviços, pois você está simplesmente informando aos clientes com quais produtos trabalha, não afirmando ser um representante oficial. Isso se estende a varejistas de peças e acessórios, que podem precisar usar marcas de fabricantes para indicar com o que seus produtos funcionam.

A Linha Entre Uso Legal e Ilegal

Existem quatro cenários principais onde usar a marca de outro pode causar problemas legais:

  • Desgaste – quando um concorrente usa sua marca de forma a prejudicar a reputação da sua marca. A MTD criou um anúncio mostrando um cervo animado (semelhante ao logo da John Deere) fugindo de um trator da MTD enquanto era perseguido por cães latindo. O tribunal decidiu que isso foi longe demais, pois as alterações e a representação negativa prejudicaram a marca Deere além da simples comparação.
  • Comparações falsas ou enganosas – Um anúncio afirmando “Nosso produto custa menos que [concorrente]” é aceitável se for verdade. Mas um anúncio que implica que o produto do concorrente é perigoso, de qualidade inferior ou produzido de forma antiética sem evidências sólidas entra em publicidade enganosa.
  • Sugerir endosso ou afiliação – Frases como “Preferido por clientes [sua marca]” ou “Funciona melhor que os próprios acessórios de [sua marca]” podem criar confusão sobre se você endossou ou colaborou com o concorrente.
  • Uso proeminente ou repetido – Se um concorrente menciona o nome da sua marca uma vez para fins de comparação, isso provavelmente é uso justo. Mas se eles espalham sua marca por todo o site, usam no nome de domínio ou a exibem mais proeminentemente que a própria marca, isso sugere que estão tentando capitalizar sua reputação em vez de fazer comparações legítimas.

A Zona Cinzenta da Publicidade por Palavra-chave

Uma área particularmente controversa é o uso de marcas de concorrentes como palavras-chave em publicidade online. Se um concorrente licita para usar sua marca como palavra-chave para acionar seus anúncios quando alguém busca por sua marca, isso é infração?

A maioria dos tribunais decidiu que usar uma marca como palavra-chave não constitui infração. Afinal, é apenas direcionamento de SEO. No entanto, se o texto do anúncio usa sua marca de forma que confunda os consumidores sobre a origem ou patrocínio, isso cruza para infração. Por exemplo, um anúncio acionado por sua marca que diz “Peças Oficiais [sua marca]” quando o anunciante não está realmente afiliado a você seria problemático.

A abordagem mais segura é licitar em palavras-chave de concorrentes, mas garantir que seu texto publicitário diferencie claramente seu negócio do deles e não sugira qualquer afiliação.

Como Responder Quando Concorrentes Usam Sua Marca

Se você descobrir que um concorrente está usando sua marca, não presuma imediatamente que é infração. Primeiro, analise se o uso atende ao teste de uso justo de três partes:

  • Eles estão usando sua marca de forma necessária?
  • Estão usando apenas o necessário?
  • Estão evitando qualquer sugestão de endosso?

Se o uso parecer ser justo, mas incomodar você, considere se vale a pena lutar. A publicidade comparativa verdadeira, embora desconfortável, não é ilegal. Tentar acabar com o uso justo legítimo pode sair pela culatra, fazendo sua empresa parecer anti-competitiva ou com medo de comparações honestas. Além disso, o custo dos processos judiciais pode não valer a pena, especialmente se sua reivindicação for negada.

No entanto, se o uso violar claramente os padrões de uso justo, comece com uma carta de cessar e desistir detalhando as violações específicas e solicitando que modifiquem ou parem sua publicidade. Muitos problemas são resolvidos nesta fase, já que o outro lado provavelmente também não quer ir a tribunal por um único anúncio.

Para violações persistentes, serviços profissionais de proteção de marcas podem ajudar a avaliar a força do seu caso, documentar a infração e buscar os recursos adequados através das autoridades de marcas ou tribunais.

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